A Legionella pneumophila é uma bactéria que pode causar a Doença dos Legionários, uma pneumonia grave transmitida principalmente pela inalação de aerossóis contaminados com água. Em unidades hoteleiras, a gestão eficaz da qualidade da água é um fator essencial para garantir a segurança dos hóspedes, visitantes e colaboradores.
Onde pode surgir a Legionella?
A Legionella desenvolve-se em ambientes aquáticos, especialmente em:
Sistemas de água quente sanitária e duches;
Torres de arrefecimento;
Piscinas, jacuzzis e spas;
Fontes decorativas e reservatórios de água.

O que deve ser feito?
Segundo a Portaria n.º 25/2021, os estabelecimentos turísticos devem implementar um Plano de Prevenção e Controlo da Legionella (PPCL) que inclua:
Avaliação de risco dos sistemas de água;
Programas de manutenção, desinfeção e limpeza;
Registo e monitorização regular dos parâmetros (temperatura, cloro, pH, etc.);
Formação dos trabalhadores responsáveis pelos sistemas de água;
Análises laboratoriais periódicas.
Responsabilidades
É responsabilidade da administração do hotel garantir que:
Existem procedimentos operacionais documentados;
A manutenção é realizada por técnicos qualificados;
São tomadas medidas corretivas em caso de deteção de níveis de Legionella fora dos parâmetros legais.
1. Com que frequência devem ser feitas análises de Legionella?
As análises devem ser realizadas com a periodicidade definida no Plano de Prevenção e Controlo, sendo recomendável, no mínimo, uma vez por ano em sistemas de risco médio e a cada 3 ou 6 meses em sistemas de alto risco.
·2. É obrigatório comunicar resultados positivos às autoridades?
Sim. A deteção de Legionella em níveis superiores aos legais deve ser comunicada à autoridade de saúde local e deve ser desencadeado um plano de ação corretivo imediato.
3. O hotel é obrigado a ter um Plano de Prevenção e Controlo da Legionella?
Sim. Todos os estabelecimentos com sistemas de água e equipamentos que possam gerar aerossóis devem possuir um PPCL atualizado, como estipulado na legislação nacional.